O presidente da Câmara de Vila Real anunciou que vai apresentar queixa ao Ministério Público (MP) e à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) pelas notícias que o envolveram na investigação à universidade local.
A Polícia Judiciária realizou, na sexta-feira passada, 45 buscas domiciliárias, em empresas e na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD), no âmbito de uma investigação ao alegado desvio de dinheiro das propinas pagas por alunos brasileiros que frequentaram mestrados e doutoramentos na academia.
A Procuradoria-Geral Distrital do Porto esclareceu que a PJ investiga “factos suscetíveis de consubstanciar, para além do mais, crimes de peculato e crime de participação económica em negócio, praticados no âmbito de cooperação entre a UTAD e entidades brasileiras, tendo em vista a realização de doutoramentos e mestrados por parte de alunos brasileiros nesta instituição”.
Em consequência desta investigação, foram divulgadas notícias que envolveram no processo o presidente da autarquia, Rui Santos.
O autarca disse hoje aos jornalistas que "Vou fazer uma queixa à ERC e ao Ministério MP pela tentativa de me envolverem num processo deste género”.
Depois de ter sido questionado pelos jornalistas sobre o assunto, o autarca disse também não saber nada sobre o processo, que não é suspeito nem arguido e que foi contactado pelos inspetores da PJ, tal como foram todos os que desempenharam cargos dirigentes na UTAD entre 2004 e 2018.
Rui Santos desempenhou por oito meses, entre 2010 e 2011, o cargo de administrador da academia.
" Acho absolutamente extraordinário que, de forma maliciosa, alguém tenha aproveitado esta questão para me envolver numa situação com estas características. Foi inventado um facto para o caso ser notícia. Mostra bem que muitas vezes se mistura bom jornalismo com mau. Olho para isto com um sorriso nos lábios e com a certeza absoluta que dentro de pouco tempo tudo ficará mais claro aos olhos dos cidadãos"
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